martes, 28 de septiembre de 2010

Anuiteciu sin abiso


Porquei?
Porquei te fustes?
Sin deixar ua missiba arriba de la mesa?
Sin ua splicaçao
Deixando an mi l'ancerteza,
se algun die fui miu l tou coraçao.
Porquei?
la dubida se argueu delantre cumo un muro,
tu sabies que te querie
porquei deste las cuostas al feturo?
deixando-me padecer cada die
Porquei?
Te fuste i apageste la luç de l corredor
deixando-me na mais cumpleta scuridao
queries que morrera d'amor?
nao será essa la mie antençao.
Porque
Sou grande i tengo mui para dar
serei cuna,serei lhenço,serei selombra,serei auga i comida
e buoltarei a amar,e a amar
sou timoneiro de l miu çtino,sou Home i sou Bida.

lunes, 6 de septiembre de 2010

O Cristal do Demónio

Chamava-se Amir, era jovem, negro de pele clara, feiçoes perfeitas.Era um membro Tutsi,uma Etnia milenária, cujos ancestros se deslocavam de regioes em regioes, em busca de melhores condiçoes de vida para as suas familías. Era um povo que se dedicava ao pastoreio e á ganaderia.Chegando a um vasto território, que reunia as condiçoes adecuadas para a sua sobrevivência,situada numa regiao banhada por grandes lagos e rios,e cuja extensao ocuparia o que é hoje o Ruanda,Uganda,Republica do congo,Republica Democratica do Congo.

Movidos por instinto de subervivência, já se haviam instalado na regiao outros povos,como os Pigmeus e os Hutus, sendo os primeiros povos caçadores/recolectores e os segundos agricultores.

Num principio as diversas Etnias, conviveram pacificamente, intecambiando entre eles, os productos que cada um aportava,fruto dos seus duros e árduos trabalhos,tornando mais rica a convivênvia, que se quebrava temporalmente por pequenas escaramuças,movidas por o controle de terras que provocavam o aumento demográfico.

Durante quase 400 anos conviveram num vasto e rico território,onde a paz e armonia,era a recolecta diária que alimentava o espírito e o bem estar social,e só uma coisa poderia quebrar tao bela rotina...o encontro com o Demónio!

E assim foi,um dia,perdido nos tempos como as águas de um rio,se depararam com o Demónio em pessoa.Era de pele clara,e olhos azuis,o seu atuendo soava desgarrador para essa pobre gente,pois nao poderiam imaginar que tal ser,que cobria a cabeça com um Elmo e numa das maos um pau que cospia fogo e troava com mirada obstinada e cega,se tornaria nos seus principais pesadelos,pois nao via mais que alimento ao seu ego e instinto básico de depredador...para eles deverá ter sido traumático.
Desde esse furtuíto encontro,a tempestade abateu-se sobre as suas vidas,violaçoes dos Direitos Humanos,Saqueios,Subjugaçoes,Possessoes indevidas de Territórios,Injustiças,Descriminaçoes,Violência Física e Psíquica,todo um caos,o abismo social,a completa degredaçao Humana.
Mais uma vez a leve armonia,entre os povos da regiao,havia sido decepada.
Amir incorporou-se,sentia náuseas,o seu cérebro ainda latía da actividade cerebral,ao rebobinar a História do seu povo.
E aí estava sentado no chao,olhada incrédula,pois ali á sua frente jaziam mutilados toda a sua família.Estava só no mundo.Olhou a sua mao direita,que segurava com raiva incontida,um pedaço de cristal.Nao havia expressao naquele rostro,pois tinha descoberto que aquilo tinha sido outra vez,obra do Demónio e aquele pequeno cristal o preço da falta de escrúpulos que derivara da avareza e da ganancia do Vil Ser.
Um pedaço de Cristal!!!!!

domingo, 5 de septiembre de 2010

Baile no tempo

Levantei-me de um salto,pois começara a soar o que esperava.Aquela cançao.
Com nervosa rapidez,receando que alguem tomasse a iniciativa,dirigi-me a ela,tímidamente,buscando um resquício de assentimento,ávidamente,eu buscava com o olhar esse sinal.Enquanto me vou aproximando,cruzam-se os nossos olhares e precepto um ténue sorriso,como um Sim,ao meu mudo, mas gestual pedido para bailar.
Ela levantou-se, e nervosamente enterlaçamos os nossos braços, com movimentos enjeitados,culminando no ajuste perfeito para iniciarmos o que tanto ansiava,sentir o débil latido do seu coraçao,sobre o meu peito e voar sobre o salao,como folhas assoladas por pequenos e suaves remoinhos de vento....a paz,o espaço-tempo com a leveza do espírito encarnada naquela funçao,livre de pensamentos,só embalados...num objectivo....o final,inexistente no nosso léxico.

martes, 31 de agosto de 2010

Abri a Caixa de Pandoro


Creio que ás vezes,quando me desperto,penso que estou fora de época e de evoluçao cívica,pela mera questao de me preocupar com a realidade tal como ela se me apresenta.
Nao é por acaso,que eu penso que atingimos um grau de evoluçao cívica enorme,desde 1975.Em 35 anos,a sociedade Ocidental,sofreu uma mudança brusca em condutas,formas de análise e interpretaçao da informaçao exterior,tornando-nos mais Humanos,no sentido de havermos começado a utilizar léxico,tais como,Solidariedade,Respeito,Tolerância e outras mais que aplicadas em verborreas,tornam-se autenticos iconos de lutas.
Contudo,descubro que a realidade nao é essa...essa nao é a que eu recebo,interpreto, analiso e depois concluío.
Nos 35 anos a que me refiro,concluí que aplicamos no quotidiano,formas de condutas lexicais,que pouco nos podemos orgulhar.Tornámo-nos Materialistas,Calculistas,Aváros e só nos movemos pelo nosso bem estar,utilizando como forma de vida o léxico acima referido de Solidariedade,Respeito,Tolerância,etc,como forma de atinjirmos os nossos objectivos Pessoais e nao Globais.Ou seja eu concluí que vivo numa sociedade egoísta,sem excrupulos e algo delinquente,incluso criminosa.
Digo isto porque,digamos o que digamos,façamos o que façamos,só tem um objectivo...satisfaçao pessoal,nao importando a quem fazemos dano,a quem utilizamos,incluso se para isso restamos a vida a alguém...nao nos importa,pois só importa o indivíduo.
Na minha opiniao,deveríamos de mudar o significado de comparaçao de maldade com as Mulheres,(segundo a mitologia Grega,ou a fé de Cristo),e deixar de Endemoninhar,porque a maldade nao tem sexo e em caso contrário,se o tivesse,chamarse-ía Homem.Assim que deixem de as matar,e deixem-nas viver,pois sao Seres como Vós,Inteligentes,Trabalhadoras,Fortes e Armoniosas.
Nao se pode restar vida,a quem dá vida.
Aprendam a Respeitar.

domingo, 29 de agosto de 2010

Fagas l que fagas


Se poderá mudar todo, l que stá al nuosso alcançe???
Mais ua quimera de l Ser Houmano.
Podemos mudar un copo de sítio,de meio de trasporte,d'amprego...
Pero,num poderemos nunca,mudar la nuossa bida i çtino.
Pus por mui que toques ne l rumo de la bida,la bida será la mesma,pus será la tue,i l çtino será l mesmo...
La muorte...

viernes, 9 de julio de 2010

Tempo para Rectificar


Queria ter tempo
E sussurrar-te ao ouvido
O importante que foste para mim
E devolver-te os abraços que nao te dei

Queria ter tempo
De reviver essa cândida olhada
Sedenta de um mimo
Que em silêncio,gritava por um simples carinho

Queria ter tempo
De olhar para trás
Estreitar o teu pequeno e frágil corpo
E dar o calor que te neguei

Dizer-te o quanto sinto
Por haver-te privado
Do que mais necessitas-te
Que era a minha atençao.

Mas tenho tempo
De olhar-te nos olhos
E num breve sussurro,ao ouvido
Dizer,que só houve uma coisa,que jámais te neguei.

Que foi o amor que sinto por ti.

Dedico este poema aos meus filhos,Rui Pedro e Diana Alexandra

domingo, 6 de junio de 2010

Sonhos Perdidos


Talvez,o que busco nao exista já.
Talvez,pesadelo ou sonho,
Desperto,e nao está.
Nao é real,suponho.

Porquê,tanta amargura?
Se é sonho,e nao existe.
Porquê tanta ternura?
E meu coraçao triste.

Talvez,nao fosse sonho.
Talvez real.
Estou desperto,suponho,
Pois,nao existe Amor virtual.

Se sonhar é sofrer,
E Amar é triste,
Entao Amarei até morrer,
Porque o Sonho existe.

Un Tisouro,ûa Cultura


Eisoladas abisbas.
Çtantes tiêrras
De giêntes Hounestas
Adelantradas i Houmildes.
Arrecolhian un tisouro
Cum eimpenho zmedido.

Quando El Rey bramaba
En carabelas anbarcaban
pa tiêrras çcubrir
Pa la glória de Portual.
Outros quedaban
Arrecolhian l tisouro.

Quando El Rey bramaba
En carabelas,anbarcaban
Pa tiêrras çcubiertas
Ls anteresses de Portual,çfender.
Outros quedaban
Arrecolhian l tisouro

Fúrun pa uns,senzielhos rudos homes
Giêntes, que falar num sabian
Pa outros, giêntes sin Cultura
Portadores de ûa puosse.
Ls tiêmpos cambiaran
Tamién las cuncências

Hoije,son giêntes Hounestas
Adelantradas i Houmildes
Tienen un tisouro.
La lheingua Mirandesa
Ye sue, ye mie
Ye tamién Portuesa

sábado, 29 de mayo de 2010

L Miu Stino


Tener rabia contenida
Yê cumo l rugido de un bulcan
L'Alma cumo palhaços
Perduto de ûa bida atrementada
De la einocência cunfiada

"Adonde bou?",Pregunto-me
Perdidoso l'Abissedo
Camino cum bigor
Ûollhada anquiêta
Cumo si muostras buscara

Florecen dúbidas
I algûas repuostas
Ancalmado l tromiênto
Pero num la rabia cuntenida
I an presência de ûa outra pregunta
"Balerá o sacrafício?"

Ûolho alantre
La bisba i l Hourizonte
Eilhi stará l que buscaba
Talbeç muostras
Muostras de tudo
Muostras de nada
Ou talbeç l alhumbramiento de l'Alma
Eibada pul l tromiênto

miércoles, 26 de mayo de 2010

O Dôce Destino


A saudade do sonho que perdi
A cruel realidade do destino
O nao sentir a vida que nao há
De suportar Só
este sonho
Com formas e côres
Que sao,Pureza de Amor.

A Saudade pairou sobre mim
Como Abutre á sua presa
Acomodando-se,sem pedir
Ela veio para ficar
Dando forma e dando côres
Nao quero deixar de sonhar.

Ó Terra que me viste nascer
Ó Terra que me viste crescer
Clamo também a esta Terra
Testemunha do meu perecer
Que jámais me prive de ver
as formas e as cores
E a capacidade de Amar

A Saudade vem em forma de Paz
Paz mascarada
Tem sabor Ágrio e Dôce
É força de Viver
É suave alegria
É dôce tristêza.

sábado, 22 de mayo de 2010

Amar... Yê Grandura


Sou la luç de la tue scuridon
L sol que te acarina pul las manhanas
Sou you que te ascoita en silencio
Las tues desgracias i tromiêntos

Sou Aquel que purmeiro bes
Quando ls tuos ûolhos abres en ls tuos desalentos
Sou Aquel que purmeiro piensas
quando muostras de las tues dúbidas buscas

Sou Aquel que duorme en tu coraçon
Quando sola sientes-te
Sou tu salbamiênto
Quando piensas que l ouceano angulhe-te

Sou l'airico de tu rostro
Quando alhumbras de felcidade
Sou El,que rebitaliza-te quando l cansâncio ambolbe-te
Sou la Lhuna i l Sol de la tue bida i eistância.

Sou You que starei siêmpre Eiqui.
Sperando las tues lhamûrias.
Sou El,l'Arbole que acunchega-te
Quando plaina la adbersidade en la tue bida.
Porque Amar,yê Grandura.

Dedico-a a Quem Amou algum dia

domingo, 25 de abril de 2010

Portugueses Esquecidos


Contam os Historiadores dos momentos de Glória nos Descobrimentos do Novo Mundo.
Com a Epopeia tirámos da completa escuridade e ignorância a inumeros povos,Colonizando os seus Territórios,e dando-lhes a possibilidade da Salvaçao levando-lhes a Palavra do Senhor e de seu filho Jesus Cristo,possibilitando-os de uma vida mais rica epiritualmente e materialmente,pois ensinámos-lhe os segredos da agricultura,comércio,da cultura,pois por vez primeira esses pobres Diabos Ignorantes falavam uma Lingua Crista (Eleita pelo Senhor).Misturámo-nos com Altruísmo com os Nativos contribuindo com a Mestiçagem da populaçao dando-lhes o Estatuto de Cidadaos do Reino de Portugal e mais tarde de cidadaos Portugueses,sempre em troca de Serviços prestados ao Reino ou Portugal.Uma Glória um Orgulho.
Vocês acreditam no que vos estou a contar?
Claro que nao,sei que me dirijo a Pessoas com Inteligencia e Maturidade Cívica.
Pois contarei a minha versao dos feitos,ainda que nao sendo totalmente certos o 90% se pode considerar fidedignos,tendo em conta que eu nao estava ali nesses momentos.
Simplificando,os Portugueses,na realidade deram um passo grande á Humanidade com os descobrimentos,impulsando a Espanha,a França,a Inglaterra,a colonizar territórios iniciando assim um lento processo que chegou á actual Globalizaçao.
Na realidade levámos a nossa Lingua através do Planeta acompanhado,isso sim com a Palavra de Deus e Exemplo de seu filho Jesus Cristo,um autêntico sufridor,exemplo ideal para os povos que íamos colonizando.
A uns,onde os Recursos Naturais eram para nós deconhecidos na época,e em nome de El Rey de Portugal,e sempre com a Divina Palavra,démos lhes o poder de convidar a outros amávelmente ofrecendo-lhes contractos de trabalho vitalícios,com horários de trabalhos exemplares,a cambio de vivenda,só que nao estava específicado que seriam vivendas comunitárias,(daí o descontetamento de alguns operários),e alimentaçao.
A outros cujos recursos para nós conhecidos e fonte de ingressos,além da mao de obra forânea,também dávamos possibilidade aos próprios donos da Terra a desfrutar de trabalhos dignos,bem renumerados e com óptimas condiçoes de trabalho,desde e quando seguissem a Palavra do Senhor e conhecimento de Idiomas,neste caso o Português.
Mas nao sao só estes as questoes do problema.
O problema começa quando a Potência Colonizadora ou Exploradora,(NO SENTIDO MAIS DEGRADANTE DA PALAVRA),levava Expatriados de confiança para o controle das lavores locais,todos eles de sexo masculino,começaram a sentir o peso da solidao,começando a procurar Nativas como companheiras que em alguns casos eram de por vida,e noutros era um mero passatempo,nao lhes preocupando as consequências dessas relaçoes.
Chegamos agora ao Ultimo Capítulo.
Começa a nao ser rentável em alguns casos os empreendimentos e em outros nos rescidem os contractos.Soluçao?abandonar.Barcos pequenos lugares reservados,viagens largas,intendência dificultada por diversos motivos e o mais absoluto abandono.
Frutos da Mestiçagem eram deixados á mercê das etnias arianas locais,imagino perseguiçoes raciais,culturais,religiosos,mas restava algo que é a riqueza que os Humanos têm, a Herança Genética.
Esses Genes deram a força suficiente para que os poucos que sobreviveram ao ódio, podessem continuar um lavor que outros tinham mal começado e mal acabado.
Passaram 500 e pico de anos,e ainda hoje estao á nossa espera,e como prova disso vou contar um episódio,vivido em primeira pessoa.
Em 1981, Abril fui para a Libia trabalhar,e um dia estando eu num SUQ,supermercado em Árabe,acompanhado dos meus inseparáveis amigos,aproximou-se um negro com traços finos e perguntou-me em Árabe se éramos Portugueses,o qual assenti afirmativamente.Jámais me esqueço do rostro de Felicidade que resplandeceu naquele ser,começando-me a explicar que era da República do Benin antigo Daomé e descendente de Portugueses,comprovei que em realidade ele tinha um apelido Português(nao me recordo se seria Pereira,ou Silva),mas era Português,porque vi o seu Passaporte.Depois de uma breve conversa indicámos-lhe onde estava o nosso acampamento,convidando-o a visitar-nos.
Dias depois aparece no acampamento era uma Sexta Feira (Djoumá),o dia do nosso descanso,convidámo-lo a almoçar e a passar o dia.Trocámos impressoes,ele explicou que alem da Lingua Oficial que era o Françês na intimidade falavam um dialecto,como um criolo com palavras do Antigo Português, deformadas fonéticamente pelos 400 anos de isolamento.
A uma determinada altura perguntei-lhe se a comunidade era grande,o que me respondeu afirmativamente seguido de uma pegunta,que foi:"Porque nos abandonaram?".
Eu naquele momento nao lhe pude responder por vergonha,desejava que aquele individuo nunca se houvera cruzado no meu caminho,pois nao lhe poderia responder e dizer que éramos uns cabroes,uns falsos e pouco éticos,e que na actualidade estávamos a cometer o mesmo erro com algumas Excolónias,pondo de exemplo Moçambique,que só nao entrou na Commonwelth,porque o Governo Brasileiro deu um GRANDE E GENEROSO PASSO,que foi mandar professores do Brasil,enquanto nós olhávamos para a outra margem,na mais pura maldade,com a esperança de os vermos a falhar como Homens e donos dos seus destinos,e sempre com a cruel esperança de os ver a arrastar,pedindo-nos que voltássemos.Isso sim com as mesmas condiçoes e regalias Coloniais(Os Donos).Mas nao foi assim,e eles sobreviveram.
Passaram 30 anos,nunca mais soube nada desse individuo,a sua direcçao perdeu-se no tempo,no monte de papeis que coleccionava e que de tempos a tempos reciclava.
Esses sao os Portugueses esquecidos,aqueles que abandonámos,por orgulho ferido.
Bem haja essas organizaçoes que movidos por gente empreendedora e altruísta fazem algo por esses POVOS DO OLVIDO,e o mais curioso,poucos sao os que algum dia tiveram contactos com eles,mas os que ali estivemos nao fazemos nada por eles,mas pelo nosso Ego sim,colocamos-nos umas medalhas formando grupos nas redes Sociais,com exaltaçoes de entrega e solidariedade que nao sao mais que gatafunhos imperceptíveis que a mim me dá vergonha alheia.
Parabens ao grupo "Projecto Povos Cruzados - Futuros Possiveis - Bairro Português de Malaca" pelo lavor que estao executar.

sábado, 17 de abril de 2010

VENDO COMO TE MOVES,SEI DO QUE CARECES


Comparar a crítica com vazio espiritual,e comparar os que a exercem com ideologias Marxistas,é como comparar um supositório com a homossexualidade.
Creio que a critica pode ser constructiva ou destructiva, e na minha opiniao uma critica destructiva nao é sinónimo de vazio espiritual,mas sim de patologia.
Quanto á comparaçao de quem a exerce,com a ideologia Marxista,me parece um comentário pouco gracioso,fora contexto,anti-democrático,tendencioso e obsoleto.Eu tenho amigos que o são e sinto admiraçao por eles,pois praticam com alegria a doutrina da Igualdade,o Respeito,a Tolerância e a Solidariedade,e sempre no anonimato.Sao bons companheiros de trabalho e seres Humanos com "H" grande.
Quanto ao supositório,era uma metáfora,e vendo como te moves também sei do que careces.
Crítico eu?....Sim
Vazio de espirito?....Nao.

martes, 13 de abril de 2010

A Essência da Vida


A vida, sao as pequenas coisas que nos rodeiam,porque as grandes, afloram do nosso interior.

sábado, 3 de abril de 2010

Sapiéncia


A Sapiéncia
é froito,do coñecemento,da aprendizaxe,do razonamento e da tempranza
ben haxa,quen cumpra estes catro pilares
esenciais para guiar a humanidade a un mundo mais xusto e fraterno

viernes, 2 de abril de 2010

Destellos de Luz, Recordos na Vida


Cando cerro os ollos
A miña mente voa no tempo.
Vertixinosamente, as imaxes pasan
En miles de fotogramas por segundo
Como destellos de Luz.
Abrazo os recordos
Conteño os olores
De unha realidade, só presente na miña memória.
Deixome estar.
Non te vas!quedate comigo.
Sé parte de mim agora.Non te vas!
Deixame desfrutar un segundo mais.
És parte da miña história,da miña infancia.
És o Home que son hoxe.
Agora non!!
Pero,desvanece.
As imaxes borrosas,os olores non os deteto.
Se vai o soño outra vez.
Abro os ollos,estou sentado nunha pedra
Á beira daquela corga.
Miro como a água desliza cara abaixo
Mimando a terra e os sedentos viziños.
Miro como brillan alegres
Polo alimento que les brinda.
Ó corga!
Cando deslizas polas pedras
Caindo sen amparo, destellando a luz do sol
Doume conta que vens de trás, de moito atrás
Como un fiel carteiro
Trazendome notícias do pasado
Que se perderan mais tarde
No imenso mar que é o oceano
Como os destellos de Luz
Como os recordos na vida.

jueves, 1 de abril de 2010

Trato com o Diabo


Há impulsos que que nos esvaziam as entranhas
expondo a alma e o coraçao á mercê da barbarie
empurrando-nos á mesquinhice e á maldade
designando as de justas.
Que justas?
Onde está o justiça de provocar a infelicidade
de quem intercambiámos sentimentos de carinho e amor?
Que justo é retorcer-me de raiva e dor,vendo a minha alma Gêmea prostrada?
Prefiro ser injusto a ver e a sentir tanta agonia.
Tomar o impulso de recolher o que desperdigámos e dar via á esperança
Onde o sofrimento e a agonia nao tem cabimento
E ver sorrir a minha alma Gêmea
Emanando luz e felicidade daqueles pequenos e sedentos olhos irrequietos.
Ver sorrir aqueles pequenos e cálidos lábios.
E sentir o calor daquela doce voz.
nao temas,pois nao assinarei o Pacto com o Diabo.

miércoles, 31 de marzo de 2010

Sou Vida


Abraça-me bruma da tarde
Refresca-me desta viagem
Abraça-me com saudade
Dá um descanso á minha imagem
Sou vida de terras sem fronteiras
Sou alimento de gentes com maneiras
A minha viagem chegou ao fim
Sou a calma de almas atormentadas
Sou poço de lágrimas guardadas
Isto é o que resta de mim
Sou o Lima
Sou aquele que te mima

lunes, 29 de marzo de 2010

SOU COMO TU


Passeando um dia pelo campo encontro-me com um frondoso e grande Castanheiro.
Pasmado com o que via, pois tinha uma enorme e frondosa sombra,que nos acariciava, nos dias quentes de verao, com uma doce e fresca brisa.Aproximando-me vou-me precatando que tem um caule de umas dimensoes pouco comuns,pois só se poderia rodear num abraço de três pessoas como eu, e aproveitando-me da sombra,tentei refugiar-me das açoites que o sol me infligia, como chicotadas de um cabo de aço em brasa, sobre a minha pele.
Sentando-me de costas contra o caule, enquanto me repunha lentamente da dor, que me havia infligido o Sol como se de um castigo Divino se tratara,pus me a olhar ao redor reparando que estava repleto de ouriços abertos,de onde sobressaíam suculentas e grandes castanhas, e olhando por cima da minha cabeça, vejo o mesmo,grandes ouriços pendurados do tamanho batatas.Levanto-me para observar com mais detalhe tal Obra de Deus, quando ouço uma voz doce e forte que se dirije a mim,perguntando-me:
"Estás admirado como o que vês??"
Preplexo,giro sobre as minhas pernas na direcçao de onde saía a voz e prescrutei por entre os matorrais para identificar quem me havia formulado tal pergunta.Insistentemente soa outra vez a mesma voz,perguntando-me por segunda vez:
"Estás admirado com o que vês??"
Dou um passo atrás.Nao sentia medo, e respondo com uma pergunta:
"Olá.Quem é?.Onde está que nao o vejo?."
"Aqui!.Estou mesmo á tua frente",responde a voz, enquanto eu começo a dar-me de conta que era o Castanheiro que me dirigia a palavra.
Recompondo-me respondo-lhe "que sim, estava admirado com tamanha imponência,beleza e armonia,e que me resultava dificil entender como havia fraguado uma árvore com tal porte,cuja sombra e frutos me deixavam assombrado".
Umas milésimas de segundo de silêncio que se rompe outra vez com aquela voz, que me deixava atónito,sem forças,sem medos,mas que me inspirava uma sensaçao de paz, que parecia que me pertencia,que fluía de dentro de mim, e diz-me:
"Pois isto é o fruto do cuidado e do amor daqueles que me rodeiam, que me fazem sentir que sou querido e faço parte das suas vidas".
"É!!.Sim tens razao!.Nao só os outros seres vivos necessitam de cuidados para chegarem a esse altivo porte,e darem os frutos que têm com carinho.Nós os Humanos também necessitamos do mesmo.Para nos sentirmos como tu de grandes,necessitamos ser amados,queridos,utéis,saber que nos necessitam, e o fruto disso tudo sao as relaçoes Humanas entre amigos,familia,sociedade,onde aparece a boa formaçao civica,o respeito, amor, a amizade e o retribuir.
Sabes,Castanheiro,Eu sou como tu.Sou grande e estou em Armonia, porque sei que sou amado, sou querido,sinto-me útil e dou o que recebo."

viernes, 12 de marzo de 2010

Perdao

Seis letras,
só seis letras, compoem a palavra PERDAO
que gera um sentimento de culpa e humilhaçao,
mas que dignifica a quem pede
e a quem cede

miércoles, 3 de marzo de 2010

Un Paso atrás

Hoxe asaltoume unha pergunta á cual tuve que atopar respostas a contra relóxio.
Que pasa con a o Home moderno e industrializado?Porqué teñen tanto afan de recoñecimento e de protagonismo?Porqué sufren tanta dislexia sentimental?.
Creio que a resposta está no vacio, maila a baixa autoestima que o Home ven desenvolvendo pola presión social na competitividade, en igualar ós seus semellantes na aquisición de bens materiais, a unha velocidade vertixinosa, pois a vellice está á porta.
O Home xá non sabe viver a vida,confunde formación como Humanos, con traballo e ostentación material, difundindo unha imaxen irreal de si mesmo, buscando o recoñecimento colectivo, con carteis de autoeloxios de "que bo son","que bonito son","Mira como estou ben na vida","Son tan bo que acabo de dar 20€ a este necesitado,he!! tu sacame unha foto para poder demostrar que o fixen".
Confunden empatia e altruismo con dar 20€ e alardeálo.
Confunden voluntariado, con aventuras e paseios onde se enchen de adrenalina, facendo depois alarde do mesmo, e en alguns casos utilizando como marketing persoal.
Confunden o respeito pola posición herárquica o status social.
Confundem amizade polo que poden aportar os demáis.
Confundem amor pola estabilidade económica,social o pola aparencia fisica.
O Home moderno vai por mau camiño,creio que camiña a pasos largos para a autodestruición.
O Home moderno quer ter tudo o que está no escaparate, sen ollar os meios para obtelos,porque renega a vellice,confundindo ostentación material e status social, con a eterna xuventude.
Pero, cando desperten un dia dese pseudo soño,encontraran unha dura realidade, que xá non poden dar un paso atrás, perdendo para sempre o que a vida obsequioles por havelas ignorado con sobérbia e desdén.

martes, 2 de marzo de 2010

Obra do Demo


Hoube un tempo que me dixeches
co teu corazón me pertencia.
Hoube un tempo que me dixeches
que nada nos separaria.
Crein en ti...
Crein nas palabras que brotaran
dos teus beizos,
como fermosas rosas de bermello carmin.
Pero...
Non foi asin...
Sangraranme as mans,polas púas que as adornaban,
mentras os meus sentidos as recollian,
feliz por imaxinarme o ser mais querido do mundo.
Que desilusión.
Descobrin mais tarde,
que as promesas son como rosas,
canto mais grandes mais púas teñen.
Hoxe,eiqui,con este lápiz na man,
doume conta que foi obra do Demo.
Pero a miña alma é libre e o meu corazón tamén.
Estan abertos ás cousas mais sinxelas e mais inportantes da vida,
Ó cariño que non demonstraches.
Ó amor que non sentiches.
E ó respeito que non tuviches.
A vida non é mais que o reflexo das nosas decisións e atitudes.
Que non che pase unha factura demasiado grande.

martes, 5 de enero de 2010

A AGRESSIVIDADE

A agressividade, nao é mais que que uma reacçao emocional ao medo do desconhecido e á negaçao dos nossos proprios falhos,traumas ou condutas, que de uma maneira continuada leva ao descontrol racional,arrastando-nos á violência (Dza_hib/22/Nov/2009)

CHORAR EM SILÊNCIO...

A Felicidade nao se procura.
Nao se compra,no mercado.
nao está aí fora!
A felicidade existe.
Está dentro de nós.
Conhecer-nos,
encontrar...
o equilibrio interior.
Observar...
e entender.
Amar...
e engolir silêncios.
Desprender alegrias...
e oferecer felicidade,
a quem nos rodeia.
Dar com altruísmo.
Saber chorar,
e rir...
gritar...
desesperar.
Saber sofrer...
nao perguntar,
para nao saber.
Nao procurar,
para nao sofrer.
Nao olhar,
para nao ver.
Saber ganhar...
e saber perder.
Felicidade é viver em Auto-Harmonia.
Só assim viveremos em Paz sem chorar em silêncio.