domingo, 25 de abril de 2010

Portugueses Esquecidos


Contam os Historiadores dos momentos de Glória nos Descobrimentos do Novo Mundo.
Com a Epopeia tirámos da completa escuridade e ignorância a inumeros povos,Colonizando os seus Territórios,e dando-lhes a possibilidade da Salvaçao levando-lhes a Palavra do Senhor e de seu filho Jesus Cristo,possibilitando-os de uma vida mais rica epiritualmente e materialmente,pois ensinámos-lhe os segredos da agricultura,comércio,da cultura,pois por vez primeira esses pobres Diabos Ignorantes falavam uma Lingua Crista (Eleita pelo Senhor).Misturámo-nos com Altruísmo com os Nativos contribuindo com a Mestiçagem da populaçao dando-lhes o Estatuto de Cidadaos do Reino de Portugal e mais tarde de cidadaos Portugueses,sempre em troca de Serviços prestados ao Reino ou Portugal.Uma Glória um Orgulho.
Vocês acreditam no que vos estou a contar?
Claro que nao,sei que me dirijo a Pessoas com Inteligencia e Maturidade Cívica.
Pois contarei a minha versao dos feitos,ainda que nao sendo totalmente certos o 90% se pode considerar fidedignos,tendo em conta que eu nao estava ali nesses momentos.
Simplificando,os Portugueses,na realidade deram um passo grande á Humanidade com os descobrimentos,impulsando a Espanha,a França,a Inglaterra,a colonizar territórios iniciando assim um lento processo que chegou á actual Globalizaçao.
Na realidade levámos a nossa Lingua através do Planeta acompanhado,isso sim com a Palavra de Deus e Exemplo de seu filho Jesus Cristo,um autêntico sufridor,exemplo ideal para os povos que íamos colonizando.
A uns,onde os Recursos Naturais eram para nós deconhecidos na época,e em nome de El Rey de Portugal,e sempre com a Divina Palavra,démos lhes o poder de convidar a outros amávelmente ofrecendo-lhes contractos de trabalho vitalícios,com horários de trabalhos exemplares,a cambio de vivenda,só que nao estava específicado que seriam vivendas comunitárias,(daí o descontetamento de alguns operários),e alimentaçao.
A outros cujos recursos para nós conhecidos e fonte de ingressos,além da mao de obra forânea,também dávamos possibilidade aos próprios donos da Terra a desfrutar de trabalhos dignos,bem renumerados e com óptimas condiçoes de trabalho,desde e quando seguissem a Palavra do Senhor e conhecimento de Idiomas,neste caso o Português.
Mas nao sao só estes as questoes do problema.
O problema começa quando a Potência Colonizadora ou Exploradora,(NO SENTIDO MAIS DEGRADANTE DA PALAVRA),levava Expatriados de confiança para o controle das lavores locais,todos eles de sexo masculino,começaram a sentir o peso da solidao,começando a procurar Nativas como companheiras que em alguns casos eram de por vida,e noutros era um mero passatempo,nao lhes preocupando as consequências dessas relaçoes.
Chegamos agora ao Ultimo Capítulo.
Começa a nao ser rentável em alguns casos os empreendimentos e em outros nos rescidem os contractos.Soluçao?abandonar.Barcos pequenos lugares reservados,viagens largas,intendência dificultada por diversos motivos e o mais absoluto abandono.
Frutos da Mestiçagem eram deixados á mercê das etnias arianas locais,imagino perseguiçoes raciais,culturais,religiosos,mas restava algo que é a riqueza que os Humanos têm, a Herança Genética.
Esses Genes deram a força suficiente para que os poucos que sobreviveram ao ódio, podessem continuar um lavor que outros tinham mal começado e mal acabado.
Passaram 500 e pico de anos,e ainda hoje estao á nossa espera,e como prova disso vou contar um episódio,vivido em primeira pessoa.
Em 1981, Abril fui para a Libia trabalhar,e um dia estando eu num SUQ,supermercado em Árabe,acompanhado dos meus inseparáveis amigos,aproximou-se um negro com traços finos e perguntou-me em Árabe se éramos Portugueses,o qual assenti afirmativamente.Jámais me esqueço do rostro de Felicidade que resplandeceu naquele ser,começando-me a explicar que era da República do Benin antigo Daomé e descendente de Portugueses,comprovei que em realidade ele tinha um apelido Português(nao me recordo se seria Pereira,ou Silva),mas era Português,porque vi o seu Passaporte.Depois de uma breve conversa indicámos-lhe onde estava o nosso acampamento,convidando-o a visitar-nos.
Dias depois aparece no acampamento era uma Sexta Feira (Djoumá),o dia do nosso descanso,convidámo-lo a almoçar e a passar o dia.Trocámos impressoes,ele explicou que alem da Lingua Oficial que era o Françês na intimidade falavam um dialecto,como um criolo com palavras do Antigo Português, deformadas fonéticamente pelos 400 anos de isolamento.
A uma determinada altura perguntei-lhe se a comunidade era grande,o que me respondeu afirmativamente seguido de uma pegunta,que foi:"Porque nos abandonaram?".
Eu naquele momento nao lhe pude responder por vergonha,desejava que aquele individuo nunca se houvera cruzado no meu caminho,pois nao lhe poderia responder e dizer que éramos uns cabroes,uns falsos e pouco éticos,e que na actualidade estávamos a cometer o mesmo erro com algumas Excolónias,pondo de exemplo Moçambique,que só nao entrou na Commonwelth,porque o Governo Brasileiro deu um GRANDE E GENEROSO PASSO,que foi mandar professores do Brasil,enquanto nós olhávamos para a outra margem,na mais pura maldade,com a esperança de os vermos a falhar como Homens e donos dos seus destinos,e sempre com a cruel esperança de os ver a arrastar,pedindo-nos que voltássemos.Isso sim com as mesmas condiçoes e regalias Coloniais(Os Donos).Mas nao foi assim,e eles sobreviveram.
Passaram 30 anos,nunca mais soube nada desse individuo,a sua direcçao perdeu-se no tempo,no monte de papeis que coleccionava e que de tempos a tempos reciclava.
Esses sao os Portugueses esquecidos,aqueles que abandonámos,por orgulho ferido.
Bem haja essas organizaçoes que movidos por gente empreendedora e altruísta fazem algo por esses POVOS DO OLVIDO,e o mais curioso,poucos sao os que algum dia tiveram contactos com eles,mas os que ali estivemos nao fazemos nada por eles,mas pelo nosso Ego sim,colocamos-nos umas medalhas formando grupos nas redes Sociais,com exaltaçoes de entrega e solidariedade que nao sao mais que gatafunhos imperceptíveis que a mim me dá vergonha alheia.
Parabens ao grupo "Projecto Povos Cruzados - Futuros Possiveis - Bairro Português de Malaca" pelo lavor que estao executar.

sábado, 17 de abril de 2010

VENDO COMO TE MOVES,SEI DO QUE CARECES


Comparar a crítica com vazio espiritual,e comparar os que a exercem com ideologias Marxistas,é como comparar um supositório com a homossexualidade.
Creio que a critica pode ser constructiva ou destructiva, e na minha opiniao uma critica destructiva nao é sinónimo de vazio espiritual,mas sim de patologia.
Quanto á comparaçao de quem a exerce,com a ideologia Marxista,me parece um comentário pouco gracioso,fora contexto,anti-democrático,tendencioso e obsoleto.Eu tenho amigos que o são e sinto admiraçao por eles,pois praticam com alegria a doutrina da Igualdade,o Respeito,a Tolerância e a Solidariedade,e sempre no anonimato.Sao bons companheiros de trabalho e seres Humanos com "H" grande.
Quanto ao supositório,era uma metáfora,e vendo como te moves também sei do que careces.
Crítico eu?....Sim
Vazio de espirito?....Nao.

martes, 13 de abril de 2010

A Essência da Vida


A vida, sao as pequenas coisas que nos rodeiam,porque as grandes, afloram do nosso interior.

sábado, 3 de abril de 2010

Sapiéncia


A Sapiéncia
é froito,do coñecemento,da aprendizaxe,do razonamento e da tempranza
ben haxa,quen cumpra estes catro pilares
esenciais para guiar a humanidade a un mundo mais xusto e fraterno

viernes, 2 de abril de 2010

Destellos de Luz, Recordos na Vida


Cando cerro os ollos
A miña mente voa no tempo.
Vertixinosamente, as imaxes pasan
En miles de fotogramas por segundo
Como destellos de Luz.
Abrazo os recordos
Conteño os olores
De unha realidade, só presente na miña memória.
Deixome estar.
Non te vas!quedate comigo.
Sé parte de mim agora.Non te vas!
Deixame desfrutar un segundo mais.
És parte da miña história,da miña infancia.
És o Home que son hoxe.
Agora non!!
Pero,desvanece.
As imaxes borrosas,os olores non os deteto.
Se vai o soño outra vez.
Abro os ollos,estou sentado nunha pedra
Á beira daquela corga.
Miro como a água desliza cara abaixo
Mimando a terra e os sedentos viziños.
Miro como brillan alegres
Polo alimento que les brinda.
Ó corga!
Cando deslizas polas pedras
Caindo sen amparo, destellando a luz do sol
Doume conta que vens de trás, de moito atrás
Como un fiel carteiro
Trazendome notícias do pasado
Que se perderan mais tarde
No imenso mar que é o oceano
Como os destellos de Luz
Como os recordos na vida.

jueves, 1 de abril de 2010

Trato com o Diabo


Há impulsos que que nos esvaziam as entranhas
expondo a alma e o coraçao á mercê da barbarie
empurrando-nos á mesquinhice e á maldade
designando as de justas.
Que justas?
Onde está o justiça de provocar a infelicidade
de quem intercambiámos sentimentos de carinho e amor?
Que justo é retorcer-me de raiva e dor,vendo a minha alma Gêmea prostrada?
Prefiro ser injusto a ver e a sentir tanta agonia.
Tomar o impulso de recolher o que desperdigámos e dar via á esperança
Onde o sofrimento e a agonia nao tem cabimento
E ver sorrir a minha alma Gêmea
Emanando luz e felicidade daqueles pequenos e sedentos olhos irrequietos.
Ver sorrir aqueles pequenos e cálidos lábios.
E sentir o calor daquela doce voz.
nao temas,pois nao assinarei o Pacto com o Diabo.