martes, 28 de septiembre de 2010

Anuiteciu sin abiso


Porquei?
Porquei te fustes?
Sin deixar ua missiba arriba de la mesa?
Sin ua splicaçao
Deixando an mi l'ancerteza,
se algun die fui miu l tou coraçao.
Porquei?
la dubida se argueu delantre cumo un muro,
tu sabies que te querie
porquei deste las cuostas al feturo?
deixando-me padecer cada die
Porquei?
Te fuste i apageste la luç de l corredor
deixando-me na mais cumpleta scuridao
queries que morrera d'amor?
nao será essa la mie antençao.
Porque
Sou grande i tengo mui para dar
serei cuna,serei lhenço,serei selombra,serei auga i comida
e buoltarei a amar,e a amar
sou timoneiro de l miu çtino,sou Home i sou Bida.

lunes, 6 de septiembre de 2010

O Cristal do Demónio

Chamava-se Amir, era jovem, negro de pele clara, feiçoes perfeitas.Era um membro Tutsi,uma Etnia milenária, cujos ancestros se deslocavam de regioes em regioes, em busca de melhores condiçoes de vida para as suas familías. Era um povo que se dedicava ao pastoreio e á ganaderia.Chegando a um vasto território, que reunia as condiçoes adecuadas para a sua sobrevivência,situada numa regiao banhada por grandes lagos e rios,e cuja extensao ocuparia o que é hoje o Ruanda,Uganda,Republica do congo,Republica Democratica do Congo.

Movidos por instinto de subervivência, já se haviam instalado na regiao outros povos,como os Pigmeus e os Hutus, sendo os primeiros povos caçadores/recolectores e os segundos agricultores.

Num principio as diversas Etnias, conviveram pacificamente, intecambiando entre eles, os productos que cada um aportava,fruto dos seus duros e árduos trabalhos,tornando mais rica a convivênvia, que se quebrava temporalmente por pequenas escaramuças,movidas por o controle de terras que provocavam o aumento demográfico.

Durante quase 400 anos conviveram num vasto e rico território,onde a paz e armonia,era a recolecta diária que alimentava o espírito e o bem estar social,e só uma coisa poderia quebrar tao bela rotina...o encontro com o Demónio!

E assim foi,um dia,perdido nos tempos como as águas de um rio,se depararam com o Demónio em pessoa.Era de pele clara,e olhos azuis,o seu atuendo soava desgarrador para essa pobre gente,pois nao poderiam imaginar que tal ser,que cobria a cabeça com um Elmo e numa das maos um pau que cospia fogo e troava com mirada obstinada e cega,se tornaria nos seus principais pesadelos,pois nao via mais que alimento ao seu ego e instinto básico de depredador...para eles deverá ter sido traumático.
Desde esse furtuíto encontro,a tempestade abateu-se sobre as suas vidas,violaçoes dos Direitos Humanos,Saqueios,Subjugaçoes,Possessoes indevidas de Territórios,Injustiças,Descriminaçoes,Violência Física e Psíquica,todo um caos,o abismo social,a completa degredaçao Humana.
Mais uma vez a leve armonia,entre os povos da regiao,havia sido decepada.
Amir incorporou-se,sentia náuseas,o seu cérebro ainda latía da actividade cerebral,ao rebobinar a História do seu povo.
E aí estava sentado no chao,olhada incrédula,pois ali á sua frente jaziam mutilados toda a sua família.Estava só no mundo.Olhou a sua mao direita,que segurava com raiva incontida,um pedaço de cristal.Nao havia expressao naquele rostro,pois tinha descoberto que aquilo tinha sido outra vez,obra do Demónio e aquele pequeno cristal o preço da falta de escrúpulos que derivara da avareza e da ganancia do Vil Ser.
Um pedaço de Cristal!!!!!

domingo, 5 de septiembre de 2010

Baile no tempo

Levantei-me de um salto,pois começara a soar o que esperava.Aquela cançao.
Com nervosa rapidez,receando que alguem tomasse a iniciativa,dirigi-me a ela,tímidamente,buscando um resquício de assentimento,ávidamente,eu buscava com o olhar esse sinal.Enquanto me vou aproximando,cruzam-se os nossos olhares e precepto um ténue sorriso,como um Sim,ao meu mudo, mas gestual pedido para bailar.
Ela levantou-se, e nervosamente enterlaçamos os nossos braços, com movimentos enjeitados,culminando no ajuste perfeito para iniciarmos o que tanto ansiava,sentir o débil latido do seu coraçao,sobre o meu peito e voar sobre o salao,como folhas assoladas por pequenos e suaves remoinhos de vento....a paz,o espaço-tempo com a leveza do espírito encarnada naquela funçao,livre de pensamentos,só embalados...num objectivo....o final,inexistente no nosso léxico.