sábado, 7 de noviembre de 2009

SONHO OU REALIDADE


Era uma quarta-feira, principios de Outono, quando me disseram que tinha de ir a Valladolid.Ao principio a noticia não me assentou nada bem, mas como era meu dever e não tinha mais remédio, aceitei o meu novo e temporário acometido.
Na quinta-feira ás 7:00 da manhã zarpei para Valladolid, em autocarro com transbordo em Ponferrada, por outro que iria para Valladolid, via León.
Durante a viagem tive tempo para madurar a situação,tomando como referência que iria conhecer algo novo,e e que poderia sacar partido da situação.
Quando cheguei, fui ao escritório da empresa para tomar contacto,de como seria a minha estadia em Valladolid.
No escritório deram-me a direcção do hostal onde me alojaria, alegando que estavamos na semana do Festival de Cinema de Valladolid,e deram-me um mapa com a localização do mesmo, e como a chefa de obra não viria até as 19:00 horas, resolvi ir ao hostal deixar a mala e também tomar contacto com o mesmo.
No hostal deparei-me com um sr. de uns 40 anos, com aspecto afável, que ao entrar me saúdou, e durante uns 15minutos, que foi o tempo necessário para as formalidades de registo, tentou sempre comunicar-se comigo em um Português claro, mas deficiente e forçado.Isso de entrada amenizou a minha fobia á nova e temporal estadia em uma cidade, habitada por seres humanos cuja cultura pouco ou nada conhecia.
De entrada e com a recepçao e hospitalidade do meu hosteleiro,pensei que as coisas seriam diferentes,ainda que teria de pernoitar naquele hostal,pois que para dar uma pequena ideia do que se me havia deparado darei uma descriçao do mesmo.Era um edificio antigo de arquitectura castelhana com muitas janelas exteriores e cada uma com varanda.A porta de entrada era composta por dois elementos de madeira maciça e pesadas, pois tinha de aplicar bastante força para abrir-las, seguido de um corredor amplio e alto que terminava á direita numas escadas com corrimão de madeira.O hostal estava ubicado no 1º piso.A recepção estava situada numa sala de estar, decorada ao estilo castellano,e via-se que era utilizada por crianças porque se viam brinquedos espalhados.As habitações eram pequenas e tambem decoradas da mesma maneira,e em cada uma delas havia um pequeño quarto de banho com ducha.Era como se tivessem comprado caixas- kits de banho no AKI e as colocassem ali onde coubessem.A partir desse dia passei a denominar o hostal com “A COISA”.
Ao sair de "A COISA" depois de toda a papelada resolvi ir outra vez ao escritório para receber instruções da minha chefa, e no caminho começei a sentir que estava ali, numa cidade de Castilla, na zona antiga de ruas estreitas, com edificios de 3 a 4 pisos de fachadas curiosas para mim, pois que nunca tinha visto nada igual tanto em Portugal como na Galiza,e começei a admirar a beleza desses edificios,das suas fachadas com aquelas belas varandas,ao estilo castellano e galerias térreas suportadas por colunas de pedra caliça.Nos cinco dias que estive ali a trabalhar na remodelação do projecto para a autovia A66,desfrutava depois das horas de trabalho dos passeios que dava, pela zona antiga,dos seus monumentos,da rica gastronomia que tive o previlégio de provar e da simpatia e hospitalidad dos Vallisoletanos,que em todo o momento sabiam utilizar a palabra “OBRIGADO”, e também de “A COISA”,pois era o meu cubículo de descanso.
Hoje aquí sentado penso nessa REALIDADE e parece-me que tudo foi um SONHO.

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