lunes, 16 de noviembre de 2009

CRESCI QUANDO NASCI


Estando eu, uma tarde no meu Edén, sentado no prado que sempre visito, e acompanhado pela Paz que me dava Felicidade, não me dei conta de que se aproximava uma bela Raposa, que parando uns instantes e com a vista pousada em mim, como se esperasse uma reacção violenta e agressiva da minha parte, descobre atónita que eu simplesmente sorria-lhe.Então em tom afável saudei-a:
“Olá boa tarde sra. Raposa”
Ela incrédula com a minha reacção respondeu á saudação;
“Ola boas tardes”, e continuando diz me,”Quem é o Sr.? Já o tinha visto anteriormente, mas nunca imaginaria que me dirigi-se a palavra, aliás sempre pensei que apanharia um pau para me atirar. Admirado por tal juízo de valores á minha pessoa, já que ela me havia visto anteriormente e eu também já a tinha visto ao fundo do prado,perguntei-lhe.
“Porquê pensa assim de mim? Pois jamais lhe dei motivos para tal!
Então ela lentamente aproximou-se e tímidamente sentou-se a uns escassos metros de onde estava eu, e respondeu:
“Porque você é Humano, e os Humanos teem dificuldade em aceitar-nos aos que não somos da vossa espécie, e não querem partilhar este belo jardim que é o Planeta Terra.”
“Olhe” continuou ela “Não sei se você sabe, mas nós e vocês saímos do mesmo sitio, só que vocês tiveram oportunidades diferentes das nossas, que os fizeram como são agora. Mas não se esqueça que já andaram a quatro patas e tiveram rabo como o resto das espécies que habitam este pequeño e frágil Edén. Digo pequeño e frágil porque vocês estão a dar cabo dele.”
Eu fiquei atónito com o que me dizia, e tinha razão, era verdade, que nós os Humanos estávamos a destruir com as nossas atitudes este frágil Edén. Recompodo-me do que havia escutado, ripostei:
“É verdade Sra. Raposa, tem toda a razão.Mas… estamos a tentar remediar isso, mudando determinados hábitos da nossa vida quotidiana.Aliás isso está a ser resolvido a nível Internacional, pelos governos das Nações existentes”
Ela esboçou um sorriso e respondeu-me com um sarcásmo que me deixou perplexo:
“Sim.Os governos.Ha ha ha ha.As Nações.Deixe-me rir.Isso tem de partir de cada um de vocês independentemente dos governos.Olhe! vou-lhe explicar.
Se cada um de vocês tivesse um pouquito mais de respeito pelo que há ao redor,já os governos se preocupariam com outras coisas, como dar bem estar Social a todos os da vossa espécie e dividindo a riqueza que está em mãos de quatro ricalhaços que se riem de vocês.E agora uma pregunta! porque caçais se não teem necessidade disso, pois que para comer, vocês teem supermercados imensos e cheios de comida, e granjas que as fornecem.Porque querem as nossas peles se não necessitam delas para vos proteger do frio?”
Fiquei encavacado e não sabia como responder-lhe, pois qualquer coisa que díssesse poderia provocar reacções diversas e adversas.Mas enchendo-me de corajem balbuciei:
“Tem toda a razão no seu razonamento.Olhe! eu creio que os humanos ao final não estão tão desenvolvidos com pensam.No meu ponto de vista eles ainda estão no estado primitivo emocionalmente e continuam a ter medo,porque não cresceram.Ainda que é moda fazerem-se fotografias com animais que estão em catividade,para alardearem o quanto amam e respeitam o que os rodeia, eles jámais ousariam falar consigo,porque não poderiam conceber que uma Raposa ou um Lobo ou uma Aranha pudesse comunicar com eles, e o primeiro que fariam era sair correndo cagados de medo, e depois pegariam numa arma e organizariam batidas.”
A Raposa fitou-me e fixou os seus pequenos malandros olhos nos meus e perguntou:
“Mas você não saíu a correr em pânico!Porquê???”
Eu sem mover o olhar ,suavemente respondi-lhe:
“Porque eu ao final não sou nada, comparado com a grandeza que me rodeia, e não tenho medo.E sabe porquê?
Porque cresci, quando nasci.”

Ela baixou os olhos sorriu, preparando-se para retirar, quando lhe perguntei:
“Posso fazer-lhe uma fotografia, para recordar este agradavel momento?”
Ela assentiu afirmativamente e sorrindo fez uma pose e depois de a fotografar, ágilmente escorreu-se por entre os caminhos de um pinhal ali existente.

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